domingo, 23 de setembro de 2018

A nossa mobilidade urbana


Hoje foi dia de adquirir o JN. Enquanto tirava a tosse a um (leia-se dois) croissant na esplanada do centro ia lendo (sim, também sei ler) este jornal e sentindo-me mais culto. A idade traz-nos destas coisas meus amigos, e para completar a figura só me faltavam os óculos e a boina tipo "comunista" na tola.
A meio da minha leitura deparo-me com uma reunião que debatia o famoso tema da nossa espécie de mobilidade urbana. E aqui começam as minhas "teorias da conpsiração" acreca deste tema, mas no final cheguei há conclusão que isto se está a debater pois a época da caça ao voto está oficialmente aberta.
Ora vamos lá ver então se entendi... Aqui há uns meses um vídeo polémico de um partido criticava seriamente a construção de ciclovias chegando mesmo a dizer que era dinheiro mal gasto. Hoje no jornal deparei-me com esta notícia...

Meus amigos, mesmo sendo da invicta, há aqui algo que não entendo. Expliquem-me lá então que caralho querem vocês da vida?!? Muitos que irão ler isto dirão que nada tem a ver uma coisa com a outra, mas são opiniões, respeito-as.
Decorria o ano de 2001 e trabalhava eu numa empresa em que todas as semanas me deslocava a Itália, e já nessa altura haviam cidades em que num dia só poderiam entrar no centro veículos em que o último número da matrícula fosse par e noutros dias os pares. Na Alemanha querem tirar os carros do centro, Londres cria impostos estupidamente altos, Paris subsidia deslocações de bicicletas (e permite a passagem nos vermelhos em algumas situações), na Dinamarca veenderam-se mais bicicletas num ano do que carros, enquanto que aqui, na mesma reunião, uma grande empresa anuncia o seu apoio financeiro... A uma equipa de automóveis. 

Muitos não irão ligar a isto, e na verdade já me deixei disso ou de pelo menos me manifestar. Passamos por ser nós os maluquinhos. Vou tentando abrir algumas mentes e já consegui algumas vezes o que me deixa orgulhoso, mas por outro lado penso por que caralho nos acomodamos tanto a este tão nosso "comodismo" do... Só acontece aos outros, ou então... Não sou eu nem tu que iremos mudar isto.
Tudo isto me parece uma falácia e cenas para "inglês ver". Mas o que me deixa mais desanimado é saber que a maioria (quase totalidade) das pessoas também o sabem e deixam andar e pior, vão mantendo aqueles otários de merda sempre os mesmos no poleiro.
Desculpem o desabafo e já sabem...

! ! ! . . . BOAS PEDALADAS . . . ! ! !

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