quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Doping mecânico

Muito de falou na altura, e eu fui daqueles que, assim como no caso Lance, não me queria acreditar que alguém podesse ser tão... Sei lá, anti-desportivo talvez. Mas depois de tanta droga vista e lida, não me admirava que "eles" podessem recorrer a tudo.
Cheguei mesmo a encontrar um filme de 1974 já com uma bicicleta com este sistema de batota. Entretanto passam-se os anos e aparece este caso que podem ver neste vídeo.
Se na altura não me acreditava, agora já não penso assim. Confesso que por vezes ao assistir a uma etapa olho e penso "em que raio estarão eles a usar" agora. É feio eu sei, mas começo a ter noção do que uma vez me disse um amigo meu, atleta... "SEM SE RECORRER A LGO, NUNCA, MAS NUNCA SE CONSGEGUE SEQUER ENTRAR NUMA TABELA FRINXAS!" E imaginem quando se fala assim num pelotão nacional, o que não se passará "lá por fora"!
Basicamente consiste num pequeno motor que está colocado no tubo vertical que vai do selim ao movimento pedaleiro. A bateria está escondida ou dissimulada no bidon e o botão que acciona o mecanismo está escondido em algum ponto na bicicleta. A duração da bateria não muito longa é certo, mas ao nível de um atleta ProTour qualquer vantagem é suficiente para fazer a diferença. Se acham que não, pensem que eles chegam mesmo a pensar em que tipo de tecido do equipamento ou mesmo o óleo da corrente a usar, principalmente num contra relógio.
Adoro ciclismo, ou amo mesmo, mas daí até me acreditar no que vejo, já perdi muito, mesmo muito do gosto que tinha antigamente. Idolatramos aqueles que pensamos serem os nossos heróis, e por vezes chegamos mesmo a pensar que são homens com algum dom sobrenatural, mas pelos vistos são iguais a mim, mas treinam mais horas apenas e usam motores nas bikes, e claro, outras coisas na comida também.
Se o desporto está podre? Começo mesmo a pensar que sim. Desde motores, a substâncias dopantes até a entrevistas a atletas que abdicam da luta pelo ouro olímpico porque, segundo o mesmo, a medalha retiraria-lhe talvez uns dez anos de vida... Sou obrigado a pensar mesmo que, para além do desporto na alta competição estar podre, eu e aqueles nabos que lhes vamos bater palmas ao vê-los passar e usamos as bikes como meios de transporte ou armados em atletas é que estamos bem.
! ! ! . . . BOAS PEDALADAS . . . ! ! !

Sem comentários: